sexta-feira, 27 de março de 2009

Foi vítima de roubo de identidades? Saiba como agir

26/03/2009 17:38:06
Fonte: PC Magazine Brasil



Fui vítima. E agora?

Alguns procedimentos podem ser tomados para a cura. Saiba o que se deve fazer
Se você for somente usuário doméstico, é preciso fazer boletim de ocorrência em delegacia. E, lógico, trocar todas as suas senhas e logins. Caso seja uma falha de segurança na empresa, a coisa complica um pouco e o melhor a fazer é procurar assessoria jurídica.

Seja radical, se quiser estar totalmente seguro: feche sua conta bancária, explicando o porquê de fazer isso. Peça também confirmação de que suas informações confidenciais sejam completamente apagadas do sistema da instituição. Se não for possível, transfira seu dinheiro para outro banco de sua preferência, exigindo o não-pagamento de multas por conta do cancelamento.
Se não quiser fechar a conta, ao menos modifique todos os seus números e informações. Faça também os seguintes passos:

• Cancele todos os cartões de crédito e débito afetados.

• Se o problema foi com o governo, escreva para os responsáveis oficiais de sua cidade, estado ou até mesmo o Federal para que eles tenham conhecimento de seus aborrecimentos. No mínimo você se sentirá melhor em ter externado o problema.

• Ligue para a polícia federal para alertar a fraude nas suas contas e pedir revisão cuidadosa de relatórios de crédito.

• Exija serviços de proteção de identidade da entidade.

• Confira todos os anúncios da conta quando chegarem.

• Informe a todos os amigos, parentes e agregados sobre o seu problema e alerte-os a evitar a entidade afetada (ou qualquer coisa suspeita vinda em seu nome).

Cybercrime é legal no Brasil?

País ainda não possui lei que trate do assunto
Caso você tenha sido vítima e queira procurar os meios legais para consertar a situação, pode ter algum problema na hora de enquadrar o crime. É que o Brasil ainda não possui legislação específica que trate de cybercrimes - ao menos ainda.
O Projeto de Lei Substitutivo ao PL da Câmara nº 89 e Projetos de Lei do Senado nº 137, de 2000, e nº 76, de 2000, fazem referência a crimes na área de informática "para tipificar condutas realizadas mediante uso de sistema eletrônico digital ou similares, de rede de computadores, ou que sejam praticadas contra rede de computadores, dispositivos de comunicação ou sistemas informatizados e similares, e dá outras providências.

Enquanto o projeto de Lei não é aprovado e tramita no Senado, o que a Justiça pode fazer é tratar o problema como no mundo real, "fazendo analogia entre o cybercrime e o que é previsto no código civil", diz José Matias, da McAfee (foto acima). Obviamente, isso causa barreiras e idiossincrasias. "Tem tido muito sucesso, mas é complicado: como vão ter flagrante nesses casos?", exemplifica. Ainda assim, a Polícia tem feito "um bom trabalho" em auditoria e rastreamento. Mas é melhor não contar com isso.

Soluções em suítes

O problema é tão grave que gera também uma disputa por tecnologia que ajude nessa guerra pela sua identidade. A Sana Security, empresa especializada no assunto e baseada na Califórnia, EUA, e ex-Symantec, foi comprada pela AVG para integrar a versão 8.5 da suíte da empresa checa - o soft agora se chama Identity Protection (IDP). “Para ameaças avançadas, protegemos o usuário final em várias camadas – Firewall, proteção na rede, análise de comportamento (com o IDP) e o antivírus”, explica Martin Šebesta.

A tecnologia da Sana funciona assim: ao invés de tentar procurar um programa ou arquivo diferente, o IDP analisa como ele se comporta. “Ele olha o que o programa faz, não o que ele é”, explica Šebesta. Como um malware pode infectar um programa antes sadio – e com privilégios de acesso com o firewall, por exemplo -, o software identifica o que o processo está fazendo e o remove, enviando informações ao banco de dados da empresa.

Um comentário:

  1. Tive problema uma vez de invadirem meu computador e conseguiram meus dados bancários, depois disso nunca mais usei o site do banco pra fazer transações financeiras. Edelson - Goiânia Go

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